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Cultura de células primárias se refere à fase inicial do cultivo in vitro de células oriundas de tecidos biológicos. Nos métodos mais tradicionais de obtenção destas culturas, os tecidos de origem são processados por meios físicos e/ou enzimáticos e as células resultantes, dispersas, são semeadas em substratos, na presença de meio de cultivo. A cultura também pode ser obtida por explante, quando pequenos fragmentos de tecido são colocados, diretamente, sobre o substrato, para que as células migrem, gradativamente, e gerem a monocamada de células.
Os Biobancos de material biológico humano se tornaram um recurso necessário e de grande potencial a longo prazo, para a pesquisa biotecnológica, tanto pela forma organizada com que é aplicada ao armazenamento do material, como pela vinculação das informações associadas dos doadores e dos dados obtidos, que fazem com que os materiais doados e processados tenham o máximo possível de aproveitamento.O Ministério da Saúde, por meio da Portaria 2201/2011 e da Resolução 441/2011, define Biobanco e estabelece as Diretrizes Nacionais para Biorrepositório e Biobanco de Material Biológico Humano com Finalidade de Pesquisa.
Células cultivadas in vitro são matéria-prima para diversas finalidades biotecnológicas, sejam elas provenientes de coleções de culturas de células de microrganismos, animais ou humanas.O BBRJ emprega metodologia otimizada e padronizada na obtenção, na manutenção das células e no seu armazenamento em biobancos, com objetivo de garantir a conservação das suas propriedades fisiológicas fundamentais e evitar problemas recorrentes das técnicas de cultivo celular, como seleção de população, senescência e contaminações.
O sucesso de obtenção da cultura de células primárias é altamente dependente das características do doador do tecido biológico como, por exemplo, a idade avançada, doenças pré-existentes e diversas condições relacionadas ao seu comportamento social, como uso das substâncias: nicotina, álcool e drogas, lícitas ou ilícitas. Para compensar tais situações desfavoráveis do doador, o tamanho do tecido de partida deve ser maior do que para os indivíduos jovens ou que não fazem uso de tais substâncias.A idade compromete a composição do tecido in vivo, o qual se modifica ao longo dos anos, podendo apresentar maior ou menor densidade da célula desejada. Um exemplo é a alteração fisiológica normal da medula óssea, na qual as células progenitoras mesenquimais decrescem em 10x, do recém-nato para o adolescente e continua a decrescer, drasticamente, a cada década de vida. Também na medula óssea, indivíduos jovens possuem frequência de células progenitoras hematopoéticas aumentadas em relação aos indivíduos adultos, em humanos e camundongos.
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