BCRJ

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Banco de Células do Rio de Janeiro

O Banco Células do Rio de Janeiro (BCRJ) é o resultado do trabalho conjunto de cientistas, técnicos e estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Associação Técnico-Científica Paul Ehrlich.

Criado em 1980, por iniciativa do Professor Radovan Borojevic, o BCRJ tornou-se centro de referência e excelência em cultura de células no Brasil e no nosso continente. É a única coleção de células humanas e animais que atua como prestadora de serviços no Brasil e é a maior da América do Sul.

O BCRJ está filiado a Organização Mundial de Coleções de Cultura – World Federation for Culture Collections (WFCC) através do cadastro número 649. Somos a única coleção de linhagens celulares da América do Sul com registro no Biobank and Cohort Building Network (BCNet http://bcnet.iarc.fr/)  https://ibb.iarc.fr/. Temos certificação da Qualidade em Biossegurança para áreas com nível de biossegurança NB-1 e NB-2 pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). 

O BCRJ utiliza processos totalmente informatizados e uma base de dados que gerencia os processos administrativos e técnicos, garantindo rastreabilidade e segurança para seu acervo.

O acervo do BCRJ é composto por aproximadamente 400 linhagens que ficam armazenadas em nitrogênio líquido, com monitoramento contínuo das condições ambientais e localização controlada por software exclusivo.

A coleção tem células de diversas origens, desde humana à diversos tipos de animais como suínos, caprinos e bovinos além de insetos, peixes, primatas, mustelídeos e aves. O acervo do BCRJ passa por diversas análises a fim de garantir sua autenticidade, pureza e viabilidade, adotando políticas internacionais de boas práticas.

O BCRJ é uma das coleções participantes da Rede Brasileira de Centros de Recursos Biológicos (Rede CRB-Br) para avaliação da conformidade de material Biológico. A Rede CRB-Br nacional visa atender as demandas por material biológico autenticado e certificado e serviços especializados de forma a contribuir com a inovação tecnológica regional e nacional e tem como objetivo principal oferecer subsídios para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação, com facilidade de acesso a dados e informações científicas relativas aos recursos biológicos, beneficiando os setores de saúde, meio ambiente, agropecuária e energia.

O objetivo fundamental da Rede CRB-Br alinha-se perfeitamente a política do Banco de Células que é fornecer material biológico de qualidade e suas informações associadas atendendo a demanda das pesquisas em seus diversos setores das ciências da vida e do mercado produtivo.

Em 1980, o Laboratório de Patologia Celular e Molecular do Instituto de Química da UFRJ fundado pelo Professor Dr. Radovan Borojevic iniciou uma coleção com vários tipos celulares para pesquisas em Medicina Tropical. Desde esta época, o Laboratório passou a ser informalmente requisitado a fornecer linhagens celulares para terceiros e a realizar testes e consultas sobre metodologias de culturas celulares.

Em 1988, já detentor de uma ampla coleção de células animais e humanas, foi necessário buscar apoio externo para melhorar as condições de cultivo e preservação do acervo. Esse primeiro apoio veio da FAPERJ e, a partir de 1989, do Plano Setorial de Coleções de Cultura, operado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia através da FINEP. Nessa nova fase já sob a forma e denominação de Banco de Células do Rio de Janeiro.

Em 1989, o acervo reunia 45 linhagens e foi elaborado o primeiro catálogo de células.

Em 1990, o segundo catálogo foi elaborado e o acervo já possuía 105 linhagens.

A partir de 1994, o Setor de Hematologia do HUCFF (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho), procurou o BCRJ para desenvolver em colaboração a tecnologia necessária para implantação de transplantes autólogos de medula óssea. O HUCFF-UFRJ implantou um laboratório provisório para realizar os transplantes autólogos, e o BCRJ desenvolveu a tecnologia necessária de criopreservação e monitoramento in vitro de viabilidade e capacidade clonogênica de precursores hematopoiéticos.

Esse avanço metodológico culminou na elaboração do “Programa Avançado de Biologia Celular Aplicado à Medicina” (APABCAM), associando o HUCFF-UFRJ com os laboratórios que trabalhavam na área biomédica do Centro de Ciências de Saúde (CCS) da UFRJ. O Programa recebeu o financiamento necessário da PETROBRÁS para implantação de 1.000 m² de laboratórios e anexos, cuja inauguração formal foi realizada em maio de 1997.

Em 1998, iniciou-se um estudo de engenharia tecidual e uma equipe de profissionais começou a desenvolver e aplicar a técnica de transplante de pele em conjunto com os serviços de cirurgia plástica dos Hospitais da Força Aérea do Galeão e HUCFF.

Outras tecnologias foram desenvolvidas dentro do BCRJ e repassadas para o mercado produtivo e hoje estão em pleno funcionamento.

O BCRJ foi o pioneiro no Brasil no serviço de congelamento de células do cordão umbilical, técnica hoje oferecida por várias empresas privadas.

Em dezembro 2010, o BCRJ mudou-se para o Parque Tecnológico de Xerém do INMETRO. Por meio de um contrato de parceria técnico-científica com o Inmetro, o BCRJ manteve a sua interação com a área médica e ampliou para as ciências da vida e aumentou a interação com a área de conformidade do material biológico ampliando de forma consistente as avaliações qualitativas e quantitativas das culturas celulares do acervo.

Em 2015, o BCRJ iniciou um planejamento de criação de um Biobanco de células representativas da população brasileira para mais uma vez pioneiramente disponibilizar material biológico para as atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento e também para o setor produtivo que utiliza este material biológico para testar controle de qualidade, validação de processos e avaliar o potencial de citotoxicidade de compostos (produtos) que serão oferecidos à sociedade. Denominado de Biobanco do Rio de Janeiro (BBRJ).

Em 2016, o BCRJ recebeu o cadastramento para atuar como um laboratório da Rede Nacional de Métodos Alternativos (RENAMA) para os ensaios de citotoxicidade já validados, na pesquisa e desenvolvimento de modelos de ensaios com culturas celulares em cultivo e na criação de master banks e lotes de serviço de culturas celulares para os ensaios de citotoxicidade.

Em 2017, o BBRJ iniciou as atividades do Biobanco com a aprovação e o registro na Plataforma Brasil – Conselho Nacional de Saúde constituindo-se na primeira coleção brasileira organizada de material biológico humano, prestadora de serviços principalmente para atender a demanda na área de farmacologia e toxicologia in vitro, tendo em vista que as linhagens celulares utilizadas atualmente nos ensaios toxicológicos e de pesquisa são geralmente originadas dos Estados Unidos ou da Europa.

“Desde de 02 de março de 2018, o Banco de Células do Rio de Janeiro, é o primeiro laboratório a conquistar a acreditação, concedida ela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro, para o ensaio da presença de micoplasma em cultura de células pelo método de bioluminescência, pela ABNT NBR ISO/IEC 17025, norma internacionalmente reconhecida, garantindo assim, a competência técnica e a validade dos resultados dos para os clientes. Um reconhecimento da excelência na gestão e competência técnica de nossa equipe. “Qualidade é mais que a nossa meta, é a nossa cultura!”

Em 2019, iniciamos a implementação de um setor de toxicologia in vitro para avaliar o potencial de citotoxicidade de compostos que podem causar irritação, corrosão e dano funcional na população brasileira. Este processo está alinhado a uma diretriz mundial de usar métodos alternativos ao uso de animais.

Em 2020, o BCRJ foi convidado pela Dra. Leda Castilho da UFRJ e da COPPE para em parceria com a COPPE e o Instituto de Hematologia criar o primeiro Biobanco prestador de serviços no Brasil de amostras de plasmas e soros humanos de referência com sorologia reagente positiva ou negativa para o Sars CoV-2. Este acervo com centenas de amostras, cerca de 15.000 criotubos, formando diversos painéis sorológicos que estão prontos e sendo distribuídos para pesquisas e desenvolvimento.

Em 2021 o BCRJ conseguiu seu cadastro na Rede de Biobancos internacionais BCNet, ligada a Organização Mundial da Saúde, e a Agencia Internacional de Pesquisas de Câncer (IARC Biobank). O BCRJ é a primeira coleção nacional ligada a este órgão.

Em 2021, o BCRJ recebeu a inspeção da Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE- INMETRO) para o reconhecimento da Norma Boas Práticas de Laboratório (BPL) e fomos aprovados com 100% de conformidade nos estudos de citotoxicidade e estudos toxicológicos in vitro.

Interação BCRJ-INMETRO

Desde 2010 a parceria técnico-científica entre as duas organizações tem sido profícua e produzido resultados importantes principalmente para na área da Biometrologia, bioengenharia e toxicologia in vitro. Esta parceria está cada vez mais produtiva e operante na pesquisa, no desenvolvimento e na inovação, contribuindo com a qualidade e avaliação da conformidade do material biológico na autenticidade de células humanas pela análise do perfil de STR, na autenticidade de células de origem animal pelo DNA BARCODE, na avaliação da incerteza de medição na quantificação e viabilidade celular, na detecção contaminantes em cultura de células prioritariamente o micoplama, na implementação de métodos alternativos ao uso de animais na área da toxicologia interagindo na capacitação profissional, desenvolvendo, implementando os ensaios normativos da OECD e alternativos e também no desenvolvimento de modelos de tecidos equivalentes.

Um grande número de projetos de pesquisa do INMETRO, utilizam as linhagens celulares e as culturas primárias humanas respectivamente do BCRJ e do BBRJ.

Esta parceria tem como principal objetivo prover a confiança nos resultados de pesquisas dos laboratórios de biotecnologia e das ciências da vida no âmbito nacional, envolve também o setor produtivo que usa as culturas e células para produção de imunobiológicos e também pela indústria no desenvolvimento de novos produtos, no controle da qualidade, na aprovação, liberação de insumos como cosméticos, fármacos e biomateriais utilizados na medicina regenerativa.

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