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26 fev. 2024
Artigo escrito por: Daniela Costa/ Revisado por: Paola Cappelletti

Avanços Promissores na Terapia de Tumores Sólidos

Nos últimos anos, testemunhamos avanços notáveis na terapia de tumores, impulsionados principalmente pelos desenvolvimentos na área das células CAR-T. Essa modalidade terapêutica tem sido especialmente notável para o tratamento de certos tipos de câncer sanguíneo, mas também tem grande potencial para tumores sólidos, oferecendo uma abordagem precisa e eficaz que visa as células cancerígenas diretamente, deixando as células saudáveis intactas. No entanto, apesar de seu potencial revolucionário, a jornada rumo à eficácia total não é isenta de desafios, principalmente tratando-se de tumores sólidos.

Uma das principais limitações enfrentadas pelos cientistas é a capacidade de garantir que as células CAR-T ataquem seletivamente as células cancerígenas, minimizando os danos às células saudáveis. Além disso, a toxicidade sistêmica e a resistência tumoral representam obstáculos significativos que precisam ser superados para alcançar resultados terapêuticos ótimos.

Como os cientistas estão trabalhando para superar os desafios?

Para enfrentar esses desafios, os pesquisadores estão explorando estratégias inovadoras para gerenciar a toxicidade e superar a resistência associadas à terapia com células CAR-T. Uma abordagem promissora envolve o uso de terapias combinadas, onde as células CAR-T são administradas em conjunto com outras modalidades de tratamento, como terapias-alvo e imunoterapias convencionais. Essa combinação sinérgica pode melhorar a eficácia das células CAR-T e reduzir a chance de resistência tumoral.

Além disso, os cientistas estão focados no desenvolvimento de biomarcadores preditivos que podem ajudar a identificar os pacientes mais propensos a responder às terapias com células CAR-T. Esses biomarcadores podem incluir características genéticas do tumor, expressão de antígenos-alvo e características do microambiente tumoral. Essa abordagem de medicina personalizada pode ajudar a direcionar o tratamento para os pacientes que mais se beneficiarão dele, aumentando assim as taxas de resposta e reduzindo os efeitos colaterais.

Avanços na aprovação de Terapias com Células T por órgãos reguladores

Em 16 de fevereiro de 2024, a FDA dos EUA (agência que equivale a nossa ANVISA) alcançou um novo marco com a aprovação do Amtagvi (lifileucel) como a primeira terapia com células T para tumores sólidos, especificamente o melanoma irressecável ou metastático. Esta aprovação representa um patamar importante no tratamento de tumores sólidos e destaca a inovação em imunoterapia com células T.

 Semelhante às terapias com células CAR-T existentes, o Amtagvi é fabricado usando células do sistema imunológico de pacientes individuais. Para fazer o produto final, as células TIL de um paciente são coletadas de uma parte do tumor ressecado e depois expandidas para fora do corpo antes de serem infundidas de volta no paciente.

Mas como isso é possível?

O sistema imunológico cria naturalmente células TIL que podem reconhecer marcadores distintos na superfície das células cancerígenas e lançar um ataque. O tratamento com Amtagvi basicamente reabastece o corpo com essas células imunológicas que combatem o câncer, à medida que suas contrapartes produzidas naturalmente perdem seu poder com o tempo. Antes do Amtagvi, as terapias CAR-T só tinham sido capazes de combater alguns tipos de câncer sanguíneo, em parte porque os tumores sólidos não possuem biomarcadores de superfície celular apropriados para as células CAR-T atingirem. Uma terapia TIL resolve esse problema porque as células TIL são naturalmente programadas para identificar biomarcadores de câncer.

Se você deseja explorar mais sobre esse assunto, convidamos você a ler nosso artigo dedicado às células CAR-T para câncer sanguíneo. Além disso, para mais detalhes sobre a área regulatória, recomendamos a leitura do artigo sobre os avanços na área regulatória desses produtos de células CAR-T no Brasil. Esperamos que em breve tenhamos avanços semelhantes também para o tratamento de tumores sólidos em nosso país.

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O BCRJ é centro de referência em cultura de células e em ensaios com células. É a única coleção de células humanas e animais que atua como prestadora de serviços no Brasil e é a maior da América do Sul. Possui base biotecnológica que oferece inovações relacionadas com células, com foco na área da análise da eficácia e segurança de novos produtos, novos métodos alternativos ao uso de animais, Terapia Celular e em FoodTech. 

Referências:

  1. FDA. FDA approves first cellular therapy to treat patients with unresectable or metastatic melanoma. 

Disponível em: https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-approves-first-cellular-therapy-treat-patients-unresectable-or-metastatic-melanoma  

2. FiercePharma. FDA approves Iovance’s Amtagvi as first cell therapy for solid tumor. 

Disponível em: https://www.fiercepharma.com/pharma/fda-approves-iovances-amtagvi-first-cell-therapy-solid-tumor

3. Wagner J, Wickman E, DeRenzo C, Gottschalk S. CAR T Cell Therapy for Solid Tumors: Bright Future or Dark Reality? Mol Ther. 2020 Nov 4;28(11):2320-2339. doi: 10.1016/j.ymthe.2020.09.015. Epub 2020 Sep 16. PMID: 32979309; PMCID: PMC7647674.4. Flugel CL, Majzner RG, Krenciute G, Dotti G, Riddell SR, Wagner DL, Abou-El-Enein M. Overcoming on-target, off-tumour toxicity of CAR T cell therapy for solid tumours. Nat Rev Clin Oncol. 2023 Jan;20(1):49-62. doi: 10.1038/s41571-022-00704-3. Epub 2022 Nov 23. PMID: 36418477; PMCID: PMC10278599.

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26 fev. 2024

No dia 19 de fevereiro de 2024, o BCRJ teve a honra de receber a visita técnica do Presidente Luismar Porto e da Vice-presidente Fernanda Berti da JBS BIOTECH Innovation Center.

Na foto capturada durante o encontro, destacam-se, da esquerda para a direita: Antonio Martins Monteiro, Diretor do BCRJ; Ana Carolina Batista, Supervisora do Biobanco do BCRJ; Fernanda Berti, Vice-presidente da JBS BIOTECH Innovation Center; Prof. Radovan Borojevic, Presidente do BCRJ; Nívea Ferreira, Gerente do BCRJ; Paola Cappelletti, Supervisora do Laboratório de Toxicologia do BCRJ; e Luismar Porto, Presidente da JBS BIOTECH Innovation Center.

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07 fev. 2024

No dia 05 de fevereiro de 2024, foi marcado por uma colaboração significativa entre o BioParque do Rio e o Banco de Células do Rio de Janeiro, com a participação de uma equipe engajada na elaboração de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento. O encontro teve como objetivo fortalecer a parceria e explorar novas possibilidades de avanço científico.

Na imagem, da esquerda para a direita: Adriano Silveira, Biólogo do BioParque; Paola Cappelletti, Supervisora do Laboratório de Toxicologia do BCRJ; Ana Carolina Batista, Supervisora do Biobanco; Antonio Martins Monteiro, Diretor do BCRJ; Ciro Cruvinel, Gerente Técnico do BioParque do Rio.

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10 jan. 2024

No dia 10 de janeiro/2024, pesquisadores do Instituto Vital Brazil realizaram uma visita técnica ao BCRJ, com o objetivo de explorar uma parceria tecnológica e desenvolver métodos alternativos inovadores, que evitem o uso de animais, para aprimorar o controle de qualidade.

Equipe da esquerda para a direita: Luíza Dantas Pereira,  Pesquisadora do Instituto Vital Brazil; Leonardo dos Santos Corrêa Amorim, Biólogo Pesquisador do Instituto Vital Brazil; Luís Eduardo Ribeiro da Cunha, Diretor científico do Instituto Vital Brazil; Antonio Monteiro, Diretor do BCRJ; Roseli de Almeida Santana, Gerente de Projetos do Instituto Vital Brazil; Paola Cappelletti, Supervisora do Laboratório de Toxicologia do BCRJ; Nívea Ferreira, Gerente do BCRJ

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